Não somos Catarina.
Somos Catarinas.

Mais velhas do que pensam, e não só pela idade, mas pelas histórias. No rosto, levamos marcas de conflitos, violência, segredos.

Através delas, quero descobrir quem somos. Quem fomos. Para que então, ergam todos os nossos nomes

Nathália Albino e Juan Castro

Fundo amarelo com uma forma circular orgânica branca e os dizeres CARAS CATARINAS nas bordas.
          Olhos, sobrancelhas, nariz, boca, marcas de expressão e rugas formam um rosto desconstruído. Esta é a logotipo do projeto.

A Exposição

Entre rostos esculpidos pela história e expressões ancestrais que ecoam com o passar dos séculos, encontramos as Caras Catarinas. Pesquisa e processo de representar, sem limitar, engessar ou diminuir, a pluralidade das identidades catarinenses.

Santa Catarina é Santas Catarinas, terra que abraça uma diversidade cultural e étnica que a define. As culturas que permeiam o estado são um testemunho da fusão de diferentes heranças étnicas que se estabeleceram aqui ao longo dos séculos.

Como um convite para mergulhar nas profundezas de sua própria identidade, este espaço é também um encontro para questionar histórias, coletar expressões, identificar fatores, caracterizar conceitos, viver culturas e contestar a ideia de que Santa Catarina seria um estado de descendência europeia.

Da herança indígena aos influxos europeus e africanos, cada rosto catarinense é uma tela viva, pintada das suas origens e influências. Aqui, a máscara assume um papel objeto em uma exposição, para que no tempo que cabe, o público encare seus próprios olhos.

Este tempo é de começo, a trilha tem no horizonte a criação de novas máscaras que hão de ganhar corpo, voz, jogo e histórias construídas coletivamente pelas e para as catarinas.

Ficha Técnica

Mascareiras - Blenda Trindade, Persephone Ephemera Pepper, Manon Alves e Sid Ditrix
Assessoria Acadêmica - Adiles Savoldi, Georgia Fontoura e Josi Lahorgue
Produção executiva - Blenda Trindade
Mediação - Flavia Santos
Comunicação visual - Fauna Criativa
Fotografia - Elias de Lima e Volo Filmes
Produção audiovisual - Volo Filmes

As Máscaras

  • Todos
  • Blenda Trindade
  • Manon Alves
  • Persephone Ephemera Pepper
  • Sid Ditrix

Dona Lau

por Blenda Trindade (NT/SJ)

Silêncio

por Blenda Trindade (NT/SJ)

Bubi

por Sid Ditrix (BNU)

Henkels, o pão de lágrimas

por Persephone (BNU/FLN)

Compadre

por Manon Alves (CCO)

Serelepe

por Blenda Trindade (NT/SJ)

Silva, a alma da festa

por Persephone (BNU/FLN)

Fôlego

por Manon Alves (CCO)

Coza quirida

por Blenda Trindade (NT/SJ)

Maria

por Sid Ditrix (BNU)

A Equipe

Manon Alves

Mascareira

Catarina de alma cigana, nasci no RS, cresci no MT, fiz faculdade no PR e agora resido em Chapecó, SC. Qual será meu próximo destino? Eu sou atriz, palhaça, artista visual, mãe e companheira, não necessariamente nesta ordem. Entrei em contato com a máscara ainda na adolescência, em uma montagem teatral. Como ela pode “mudar de expressão” em cena sendo a máscara rígida? Me aprofundei mais nesse estudo quando integrei a Cia do Ator Cômico, com Mauro Zanatta, em Curitiba. Sempre gostei de manualidades e em 2018, comecei a pesquisar esculturas com papel machê e papietagem, o que virou uma paixão.

Blenda Trindade

Mascareira

Catarina nascida em Gaspar mas gosto de dizer que sou do mundo. Já morei em 7 cidades do estado e atualmente divido as minhas quinquilharias e tesouros entre Nova Trento e São José. Sou artista de teatro e me encantei pelas máscaras quando percebi meus dedos cheios de grude numa aula de teatro de animação. O grude, as primeiras experiências e muito afeto pelo fazer ânima vieram de Sassá Moretti. Idealizei este projeto no meu mais íntimo quando saí da graduação e 5 anos depois, com amadurecimento e compartilhamento de ideias, Caras Catarinas nasce para o mundo - e faço votos para que esteja sempre à descoberta das coisas.

Sid Ditrix

Mascareiro

Sou catarina, nascido na cidade de Indaial e residente na vizinha, Blumenau. Sou pessoa do teatro há mais de 13 anos. As máscaras surgiram por acaso, no ano de 2017, em um curso de teatro de rua e logo viraram uma paixão. Meu primeiro mestre foi Alfredo Iriarte, professor, mascareiro e ator do bairro de La Boca em Buenos Aires que me apresentou e ensinou as bases para a construção de máscaras a partir do barro. Em 2020 de volta à Blumenau, idealizei o LEMVI - Laboratório de Estudos em Máscaras do Vale do Itajaí, espaço criado para a experimentação artística com a linguagem das máscaras no estado.

Persephone Ephemera Pepper

Mascareira

Eu sou a catarina Persephone, uma Drag Queen que faz máscaras. Também conhecida como Jeanne Martins Speckart, nascida e criada em Blumenau, hoje residente em Florianópolis. Comecei a fazer máscaras na faculdade de Artes Cênicas na UNICAMP, com a profª Heloisa Cardoso. Ao lado de Sid Ditrix, produzi duas edições do Laboratório de Estudos em Máscaras do Vale do Itajaí. Também trabalho com teatro, performance, maquiagem, perucas, desenho e pintura. Pesquiso a linguagem da máscara de forma expandida, chegando até a Arte Drag, tema da minha pesquisa de mestrado.

Nathália Albino

Designer

Catarina diretora de arte e atriz. Trabalho com design e teatro desde 2012, já apresentei mais de 400 vezes uma peça de teatro, criei um jogo de videogame, lancei um álbum com a banda e vendi a alma para agências de marketing. Fui designer para o TEDx, Unimed e Urbano Alimentos em parceria com a Disney. Na infância, criava videoclipes com o primo em uma cybershot azul. Atualmente sou codiretora da fauna criativa.

Juan Castro

Designer

Sou um catarina da fotografia, designer e cineasta. Trabalho como fotógrafo desde 2012. No início, mirei no YouTube, mas acertei na produção de séries de televisão como Amor de Cozinha (Futura, 2018) e longas como O Garoto (2022) e O Porteiro (2023). Já fui designer para a Prefeitura do Rio de Janeiro e atualmente sou codiretor da fauna criativa.

Flavia Santos

Mediadora

Catarina do contestado, nasci em Videira, onde o amor pela arte e pela expressão humana nasceu junto a mim. Me aventurei pelos palcos da vida dançando, atuando, performando, estudando, mediando, ensinando e produzindo. As artes da cena são minha paixão, principalmente no que diz respeito à formação e experimentação com crianças e adolescentes. Me apaixonei por máscaras através da mediação do projeto Caras Catarinas quando, dentro de um vagão de trem no Contestado Catarinense, pude mediar a experiência de recepção e interação entre público e máscaras que trazem consigo algumas das diversas possibilidades de identidades catarinenses.

Crie sua Cara Catarina

Agora é a sua vez: para você, quem é essa cara?

A criação começa no papel. Que tal fazer a sua própria cara catarina?

Em uma folha em branco, desenhe esse rosto. Pode soltar a sua imaginação! Ela vai, mas sempre volta.

As máscaras que fazem parte da exposição também começam no papel, onde as artistas rabiscam suas ideias. Depois elas são feitas com uma técnica chamada papié colé, ou papel machê. É uma forma de criar máscaras usando papel, cola e água. Você pode fazer sua máscara na escola, com a turma, ou em casa, com a família. Vamos tentar?

Você vai precisar de:

  1. 1 balão grande (ou do tamanho que você quiser para a máscara)
  2. Papel (pode ser jornal, revista ou papel craft)
  3. Cola branca
  4. Água
  5. Recipiente para misturar a cola com água
  6. Tesoura (para cortar os excessos, se necessário)
  7. Tinta e outros enfeites para decorar a máscara (opcional)
  8. Fita ou elástico para prender a máscara (opcional)

Passo a passo:

1. Prepare o papel e a cola

Rasgue o papel (não corte!) em tiras pequenas, de cerca de 2 cm de largura. Rasgar o papel ajuda as fibras ficarem mais fáceis de modelar. Em um recipiente, misture a cola branca com água (meia medida de cola para uma de água) até formar uma pasta líquida, mas pegajosa.

2. Infle o balão

Encha o balão com ar até o tamanho que você quer para a máscara. O balão pode ser grande ou pequeno, dependendo do tipo de máscara que você deseja criar.
Tome cuidado: o balão não vai ficar parado.

3. Cubra o balão com tiras de papel

Mergulhe as tiras de papel na mistura de cola e vá cobrindo o balão. Coloque várias camadas de papel, uma sobre a outra. Deixe cada camada secar antes de adicionar a próxima, criando uma base firme. Faça de 4 a 5 camadas alternando os tipos de papel para facilitar a visualização.

4. Deixe secar

Deixe o balão secar completamente. Esse processo pode demorar algumas horas, um dia inteiro ou até uma semana, dependendo da espessura das camadas e do clima.

5. Retire o balão

Quando o papel estiver seco e duro, estoure o balão com cuidado. Agora você tem a base da sua máscara!

6. Ajuste a máscara

Se precisar, corte as bordas e ajuste a forma da máscara com uma tesoura. Lembre-se de cortar os buracos para os olhos e ajustar o tamanho para o seu rosto.

7. Acabamento

Agora você pode soltar a imaginação! Use tinta, canetinhas e outros enfeites para dar vida à sua máscara. Ela pode ser quem você imaginar: um personagem ou uma pessoa real como um amigo ou até alguém da sua família.

8. Fixe a fita ou elástico

Para prender a máscara no rosto, amarre ou cole uma fita ou elástico nas laterais da máscara. Meça na sua cabeça para garantir que tenha o tamanho certo.

9. Pronto!

Agora, você tem sua máscara de papel machê, feita por você! Que história ela conta? Quem é o personagem que você criou? Que tal inventar uma narrativa para a sua máscara?

Perguntas/provocações


  1. Como você descreveria sua máscara? O que ela representa de você e de Santa Catarina?

  2. O que você mudaria ou acrescentaria se fosse criar outra máscara?

  3. Como você acha que os diferentes tipos de papel podem mudar a aparência da sua máscara?

Contato

Telefone

+55 (48) 99805-3283

E-mail

carascatarinas@gmail.com

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